TUDA - pap.el el.etrônico

Em associação com Casa Pyndahýba Editora
Ano I Número 11 - Novembro 2009
Poesia - Souzalopes

A Besta Fera Nefasta Precisa Apanhar de Pau
(parte ii de ii)

II - Airton Sena Contra a Besta-Fera


Sofrendo de ver seu nome
Ligado a obra suspeita,
O campeão volante
Disse ao rato: "me respeita",
Sou famoso, não preciso
Ver o meu nome na sarjeta.

Ayrton Sena falou:
"A besta-fera tu és,
Vou agora revelar
Pra todos que são fiéis,
As surras que já levaste,
Da cabeça até os pés":

1a SURRA

Montoro venceu Reynaldo,
No dia que se acabou
O seu governo biônico,
que você caro comprou.
Ficou com a cara quebrada
De tanto que apanhou.

2a SURRA

Quércia, carvalho em latim,
Foi o pau que lhe bateu.
Cacete que deixou marca,
Toda sua carne doeu.
Deu-lhe aperto na barriga,
A coisa na perna escorreu.

3a SURRA

Depois veio a grande e brava
Nossa prefeita Erundina
Que construiu Interlagos
E lhe fez virar menina
Foi tanta peia no lombo
Que até a voz ficou fina.

4a SURRA

Até Fleury já bateu
Na besta-fera medonha.
Foi uma surra tão feia
Qu'até a besta sonha.
Conserva o medo, porém
Vai morrer sem ter vergonha.

5a SURRA

Depois apanhou mais feio
No chicote de Tancredo.
A obra caiu na mão
E a besta-fera lambeu o dedo.
A besta-fera soluça
E seu souluço é de medo.

6a SURRA

Mário Covas certo dia
Pegou a besta na estrada,
Bateu-lhe de mão na cara
Até deixá-la estragada.
Mas a besta não aprende,
Porque gosta de porrada.

7a SURRA

A besta-fera precisa
Uma surra todo dia.
Só assim amansa ela,
Tirando-lhe a covardia.
Depois que apanhar de Marta,
Muda o nome pra Maria.

"A Besta Fera Nefasta Precisa Apanhar de Pau" foi escrito em 2000, por ocasião das eleições para prefeito de São Paulo.